terça-feira, 12 de abril de 2016

Limitação à conexão de dados: um retrocesso em meio à crise



Uma das notícias mais impactantes em relação à tecnologia e direito do consumidor é a limitação de dados na conexão à internet, anunciada pelas empresas de telefonia, em especial a Vivo após ter adquirido a GVT.

Trata-se, inegavelmente, de um retrocesso, evidenciando que estamos na contramão do mundo neste aspecto, já que os outros países voltam seus olhos e executam suas atividades tendo como eixo principal a rede mundial de computadores, com conexões com altíssima qualidade e velocidade.

Com os serviços de streaming, arquivos em nuvem e demais aplicativos que demandam conexão à internet, é simplesmente irrisório a quantidade total de dados disponibilizados. Em tempos de alta qualidade dos serviços oferecidos na web, 100 Gigabytes não são nada.

 Um simples filme em alta resolução no Netflix já pode consumir mais de 4GB de dados. Já o seu curso preparatório para o vestibular ou para aquele concurso com certeza vai utilizar todos os seus dados antes de chegar na metade do mês.

As operadoras vão tentar vender pacotes extras de dados, mas a verdade é que poucos consumidores terão dinheiro suficiente para ficar bancando esse luxo.

O consumidor ainda terá direito à conexão após esgotados seus dados, mas utilizará apenas a velocidade mínima oferecida pela empresa contratada.

Logo, não é de se assustar que, progressivamente, as operadoras vão oferecer velocidades cada vez mais baixas para poderem forçar os consumidores a adquirir os pacotes maiores ou pacotes extras. Tudo isso a pretexto da inclusão digital: “oferecer planos compatíveis com as faixas de renda.”

Fora que, com uma internet de 1mb ou menos, videoconferências e outras transmissões ao vivo ficam prejudicadas, obstaculizando que muitos de nós tenhamos acesso a esse material tão valioso da era digital.

Aqueles que já possuem contrato prevendo conexão ilimitada não precisam ficar receosos. Isto porque a operadora não pode modificar o contrato sem o seu consentimento, ainda mais quando se trata de modificação altamente danosa aos interesses do contratante, como é o caso. Já os novos... bem, vão ter que voltar a cultivar a paciência diante das baixas velocidades.

A verdade é que temos que nos mobilizar para forçar as operadoras a modificarem essa postura, haja vista que não corresponde à demanda brasileira, muito menos ao progresso do país, uma vez que tanto a educação quanto o trabalho perpassam, necessariamente, por um serviço de conexão à internet de qualidade.


Para tanto, critique-as em seus SAC’s; assine as petições que já estão por aí na internet; reclame para a Anatel etc. Vale tudo, até mesmo torcer para que uma grande empresa ou um empresário muito inteligente supra esta demanda.

Um abraço a todos! Avante!

Nenhum comentário:

Postar um comentário